terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A mistura do Festival de Verão Salvador 2012


 No, dia 16 de dezembro de 2011, fui a Loja Oficial do Festival de Verão Salvador 2012 para esclarecer uma dúvida: porque a minha amiga de 15 anos, cadeirante, não poderá estar nesse evento que acontecerá no Parque de Exposições dos dias 25 a 28 de Janeiro?
Muito me admira um evento com mais de uma década na cidade de Salvador, consagrado em todo Brasil, excluir de forma tão cruel pessoas com deficiência física como a que minha amiga possui.
Sei que a funcionária da loja não possui autoridade para me responder o que preciso ou solucionar meu problema, ela apenas me disse que o evento não oferece nada especial para pessoas com necessidades especais e de fato, não possui mesmo. Mas temos que concordar: isso é um direito que ela tem como cidadã.
Se não é de conhecimento da organização do evento, já é lei que haja acessibilidade para pessoas com necessidades especais em órgãos e eventos públicos e privados e que a falta disso se caracteriza como um crime ou descumprimento de lei federal.
O principal que quero alertar e lembrar a todos que venham a ler esse texto é o seguinte: pessoas com necessidades especiais como a que minha amiga possui ou qualquer outra, tem sonhos, desejos, brincam, riem, choram, como qualquer outra pessoa, aliás, essas são mais educadas, amorosas, dedicadas e sensíveis do que as ditas normais.
Afinal qual o conceito de normalidade por aqui? Apenas pessoas que andam, falam, ouvem, podem participar desse evento?
Utilizando do slogan tão ecoado pelos quatro cantos quando se fala do Festival de Verão de Salvador: Onde está a mistura? Não consigo percebê-la!
Desculpem-me se fui muito direta ou grosseira, mas há dois anos trabalho com crianças e adolescentes com necessidades educativas especiais e nunca ou raramente os vi se queixando dos preconceitos que sofrem, muito pelo contrário, eles superam sempre, a cada queda eles sorriem e dizem: agora aprendi, não vou mais errar. Enquanto vemos muitos de nós que após uma dificuldade apenas desistem dos sonhos e alguns até cometem atrocidades contra o outro ou contra a própria vida.
Eles não são assim!
Quero deixar claro, caso não tenha ficado até aqui, o que preciso saber com esse desabafo, é uma solução para esse desconforto (a palavra mais sutil que encontrei para o que realmente quero dizer). Ela vai ou não poder estar no Festival de Verão Salvador 2012 sem precisar pagar e muito por uma área VIP e ainda correr o risco de não se sentir confortável lá? Nós vamos ou não mudar essa velha história sem noção de que não podemos fazer nada, além de lamentar, para mudar essa situação? Acredito num mundo em que apenas as atitudes conseguem fazer verdadeiras mudanças, mesmo que tais atitudes sejam pequenas e comecem por um só!

Desde já agradeço pela leitura desse texto e pela reflexão que espero que tenham feito!

Edna Pinheiro Santos.  

Esse foi um email que desde o dia que escrevi tento encaminhar para alguém responsável pela organização do Festival de Verão de Salvador, a fim de questionar os motivos pelos quais uma cadeirante não terá acesso ao mesmo. 
Ainda não obtive resposta mas continuarei tantando!

Os contatos que encontrei são:
Departamento Comercial
daniela.martins@redebahia.com.br
Tel.: (71) 3203-1070
Departamento Marketing
amelia.oliveira@redebahia.com.br
Tel.: (71) 3203-1298
Departamento Artístico
luciana.sobreira@redebahia.com.br
Tel.: (71) 3203-1269
Departamento Administrativo/Financeiro
adelia.bomfim@redebahia.com.br
Tel.: (71) 3203-1479

End.: Rua Aristides Novis, 123 - Federação - CEP.:40210-630 - Salvador - Bahia

Nota: Os números foram retirados do próprio site do evento!
Por. Edna Santos

Mais selos de acessibilidade...



Onde: Agência do Banco do Brasil no Garcia.
O que é: Placas para o Deficiênte visual se localizar na agência.
O que mais: E ainda tem elevador para cadeirante!

Algumas coisas ainda nos fazem manter a esperança!

Parabéns!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Acessibilidade na UNEB


Este vídeo foi produzido para a disciplina de Educação e Tecnologia da Informação e da Comunicação com o objetivo de utilizar os recursos tecnológicos, nesse caso a produção, edição e divulgação de vídeos pelo site do Youtube, na sala de aula.
Descobrimos como esse recurso pode ser de grande utilidade para os educandos em diversas temáticas e a escolhida pela equipe produtora deste curta foi a Acessibilidade na UNEB.

Porque na UNEB?
Já que vamos falar de acessibilidade em nossa cidade porque não começarmos pelo nosso "mundo"? Nossa universidade. A qual estamos todos os dias e nem a conhecemos por inteiro, muito menos no que se refere a acessibilidade, no caso do vídeo, para cadeirantes.

Foi um experiência grandiosa, do roteiro inicial à edição e por fim apresentação para os colegas.
Esperamos que esse seja mais um alimento para nossas discussões sobre acessibilidade, agora num ambiente que conhecemos muitos bem.

Ou como diria nosso colega Marcus: "Ou será que não?"


Equipe: Edna, Lorena Silvia, Patrícia Pereira, Natália Lisbôa, Leila Leite, Haidêe Cristina - 7º semestre - Vespertino

Att. Edna Santos

sábado, 17 de setembro de 2011

Agradecimentos...

Gostaria de agradecer a todos que participaram do seminário que colaboraram com essa troca de conhecimentos e experiências que essa vivência pode nos proporcionar.
Espero que os assuntos discutidos no seminário não fiquem só naquele auditório ou aqui no blog, mas no coração, mente e prática de vocês.
Acredito que tanto para mim quanto para a turma esse semestre foi um aprendizado sem palavras e estamos muito felizes com essa culminância podendo mostrar tudo que pesquisamos, experienciamos e sentimos ao longo desse percursos,
Nos encontramos em outras oportunidades!
E o blog continuará aqui sendo alimentado com postagens e dicas legais sobre inclusão e acessibilidade!


Att. Edna Santos


Fotos de Marcus Brandão no blog: G-PEAC

domingo, 11 de setembro de 2011

Acessibilidade?










Nova Praça do Imbuí: bares, lanchonetes, pista para caminhada, pista de skate, parque infantil, etc.
Mas será que todas as pessoas podem frequentar este ambiente?
Fazendo um passeio por esta praça, observei que isso não é possível, pois apesar dela está cercada de placas de acessibilidade, falta ainda muita coisa para que isso seja verdade.
Por exemplo, esqueceram de um detalhe muito simples: não colocaram barras de sustentação nos banheiros! Como cadeirantes, grávidas e idosos vão sentar e levantar no banheiro sem essas barras? Ou será que essas pessoas não podem ou não devem frequentar este ambiente? Complicado não é?
Outro detalhe importante: não existe uma pista tátil nesta praça! Será que pessoas com deficiência visual não gostam de passear ou de se encontrar com amigos para bater um papo e se distrair? 
A verdade é que a inclusão e acessibiliade que existe (se posso dizer que existe) está muito longe do que deve ser realmente. E não digo isso só por causa das praças não! Digo isso porque, se olharmos atentamente para toda a nossa cidade (praças, parques, shoppings, edifícios, escolas, ruas, etc), veremos que as palavras "inclusão e  acessibilidade" só existe realmente nas placas.
  

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Seminário: Inclusão para a diversidade: Rompendo barreiras



Para terminar bem a disciplina de Educação Inclusiva está chegando o seminário “Inclusão para a diversidade: rompendo barreiras”, e nós, da turma do 7º semestre, gostaríamos de convidar a todos para compartilhar dos nossos novos aprendizados e experiências ao longo dessa jornada que certamente não terminará aqui.

É apenas mais uma etapa da nossa formação enquanto educadores reflexivos e ativos a fim de buscar a acessibilidade e inclusão que tanto discutimos e lemos durante esse período, de forma ampla, não se restringindo aos portadores de necessidades especiais, mas toda e qualquer pessoa excluída na sociedade privada dos seus direitos como cidadão.

Edna Santos
Dia: 16 de setembro de 2011
Local: Auditório Jurandir Oliveira - DEDC I - UNEB -  Campus I - Cabula
O horário: 13h30min as 19h30min
O que vai acontecer: Palestras, dinâmicas, relatos de visitas feitas pelos discentes da disciplina.
Obs. Em breve cronograma completo.
Com a carga horária de: 6h - Com direito a Certificado.



"Não ouvir, caminhar, falar, enxergar... são expressões da lesão, a deficiência consiste na inacessibilidade imposta ás pessoas." 

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

SHREK E A PROPAGAÇÃO DA DIFERENÇA

O Filme Shrek 2, traz a tona algumas reflexões sobre diferença, conceito de normal e os lugares que a sociedade julgam estar destinado para os ditos diferentes, pautado obviamente no conceito estético e fútil.
O referido filme apresenta algumas cenas interessantes:

• Uma é quando Fiona,esposa de Shrek está chorando após uma briga e aparece uma fada madrinha, diferente dos clássicos ela oferece, exercícios, jejum, o fim da celulite, alegando que a aparência é o que dá o tom as pessoas.

• A outra cena interessante é quando desestimulado Shrek procura esta mesma fada madrinha objetivando torna-se bonito, sendo que o conceito de beleza é algo homogêneo, imposto pela ditadura da beleza, que almeja igualar a população em torno de um recorte estético, e a fada madrinha por sua vez procurando nos seus livros mágicos, observa os contos das literaturas clássicas, onde todos foram felizes para sempre e não encontra nenhum ogro, logo, ogros não podem ser felizes para sempre;

Fazendo uma analogia entre este desenho animado e a questão da deficiência e da inclusão, podemos inferir que a sociedade ainda tende a estigmatizar as classes minoritárias, as colocando a margem da sociedade, como se fossem desmerecedoras de participar da organização social, ao menos que se adaptem as exigências da sociedade, como no caso do filme, Shrek para ter direito a felicidade deveria alienar-se da sua identidade e assumir a do outro, os indivíduos alegam que os deficientes não participam efetivamente da sociedade por que a sua ‘doença’ extirpa a sua capacidade em adequar-se. Mas será que adequação não remete a uma seriação?

De acordo com as muitas leituras realizadas em sala, já podemos perceber que não é a lesão que ocasiona as limitações sociais.
Sendo assim, precisamos auxiliar a propagação de que:
O NORMAL É SER DIFERENTE, precisamos praticar o principio da alteridade, ou seja, o conhecimento, respeito pelo outro, considerando todo indivíduo como elemento importante na composição da diversidade social.








quinta-feira, 11 de agosto de 2011

"Como estrelas na terra"

Ousei colocar no título dessa postagem o nome de um dos filmes que fazem parte das discussões do bloco fílmico da disciplina, tanto pela minha pouca criatividade em relação a elaboração de títulos quanto por observar que outro nome não poderia ser, já que, essa postagem trata das estrelas de que o filme fala: as crianças, todas as crianças.
Comentários a parte sobre o filme e sua abordagem, o que motivou uma postagem especifica sobre Taare Zameen Par - Every Child is Special  (Como Estrelas na Terra - Toda Criança é Especial) é principalmente a sua trilha sonora muito divertida e com letras marcantes. 
Uma dessas músicas faz parte da nossa "A voz da Inclusão" por 15 dias e sempre que renovarmos iremos contar um pouco sobre a história da música e o que nos motivou a escolhe-la. 



Vale a pena ler a sinopse do filme que está nesse blog: Cinema Indiano.com - Sinopse do filme e logo depois um comentário do autor do blog sobre o mesmo: Cinema Indiano.com - Comentário - "Como estrelas na terra". O autor da postagem traz de forma brilhante toda questão abordada pelo filme e uma visão sensível e firme sobre o papel do professor, ou melhor, educador, como o comentário mesmo traz que como educadores "...não podemos negligenciar a diversidade e preciosidade dos projetos de gente de nosso mundo, pois são eles que fazem o futuro".


Fonte: Cinemaindiano.com


Só para completar a imagem que tivemos do filme aliando-se ao comentário acima nossa colega Leila Leite traz que segundo a visão dela: 
"Através da ludicidade o professor traz uma música, a qual questiona certas situações do cotidiano, fazendo uma relação entre real e fantasia, através disso diz que “o mundo, é como a gente enxerga", então vamos nos libertar e ver as coisas de outra forma!


O filme ainda traz também a importância do professor na vida do aluno, que através da sua percepção e sua sensibilidade pode mudar todo o rumo da história de alguém. Neste caso, o professor consegue mudar todo o rumo da vida de um menino, ajudando este a aprender a ler e escrever, e valorizando a aptidão deste com a arte."

Até as próximas músicas e indicações são sempre bem vindas.

Mais um pouco: 


Abaixo assinado: Quero Taare Zameen Par no Brasil
Obs. Este filme ainda não está oficialmente no nosso país.
Clipe da música: 
Como estrelas na terra - Clip da música Bum Bum bole (Fonte: Youtube)
Link para baixar a música: Taare Zameen Par - Bum Bum Bole (Fonte: 4shared.com)



domingo, 24 de julho de 2011

Materiais Importantes

Para nós que estamos em processo de construção de conhecimento sobre Inclusão, vale a pena realizar leituras diversificadas sobre o tema e também conhecer alguns materiais dispinibilizados pela Secretaria  Secretaria de Educação Especial.
Este link é do tradutor e intérprete de Libras: Tradutor e intérprete em Libras

Vale a pena conferir!

sábado, 23 de julho de 2011

Celular para surdos? sim, isso já é possível!

Nesta semana o Brasil participou de uma competição e ganhou prêmio!!!!! Este evento é a copa mundial de computação, apoiado pela ONU, que tem como finalidade incentivar o uso da tecnologia para a melhoria do mundo.
Até pouco tempo atrás o deficiente auditivo tinha enorme dificuldade para se comunicar por meio do celular. A única ferramenta disponível para tal público era o recebimento e envio de mensagens. Só que nesta semana, viu-se uma nova possibilidade, que possa facilitar bastante a vida dos surdos. Trata-se da criação de um celular que por meio da câmera,  possibilita captar, a linguagem de sinais, e converter esta mensagem em áudio. Com isso o deficiente auditivo poderá comunicar-se com surdos e não surdos, de forma simples.
Atualmente tem-se também celulares que permitem a comunicação com as libras, através de videoconferências mas para isso é necessário que o celular tenha tecnologia 3G. Porém este não é um aparelho acessível a todos, pelo seu valor.
É uso da novas tecnologias a favor da acessibilidade! Agora é torcer para que esta idéia seja implantada e que chegue logo ao comércio de forma acessível ao bolso dos consumidores.

Fonte: Globo.com > Brasil ganha prêmio mundial de computação com cidade de voluntários

Mais informações sobre este assunto: Nova tecnologia permite que surdos conversem pelo celular

domingo, 17 de julho de 2011

Em que consiste ser normal???



Esse vídeo fala da diferença com um resgate de uma música bem interessante da Xuxa “Muito prazer, eu existo”. A primeira pergunta que me marcou foi “Por que todo mundo tem que ser igual?” Realmente...é um equívoco dizermos somos todos iguais, na verdade somos todos diferentes! Somos iguais apenas na raça única, a humana! Fora isso, somos compostos de particularidades infinitas. E é por conta disso que o respeito é fundamental, não devemos fazer com que as pessoas sejam iguais a nós no jeito de agir  pensar ou ser. As pessoas são livres para fazerem escolhas!
Já que discutimos tanto em preconceito por parte de pessoas ditas normais. Fica hoje essa reflexão “Em que consiste ser normal?”  

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mudando de assunto... Mudando??

Talvez um dos assuntos mais discutidos na atualidade, desde as rodas de amigos, passando pelas redes sociais na internet até em maiores instancias como o poder legislativo, seja a homossexualidade e as demais discussões que surgem através das polemicas criadas em torno dela, como crenças religiosas, valores humanos, liberdade de expressão, igualdade de direitos e tantos outros que poderiam ser citados aqui, mas que não é o foco para o momento.

O que se propõe aqui é um espaço para iniciarmos um processo de desconstrução de uma inclusão tão limitada, nesse caso a pessoas deficientes físicas ou psicológicas, quando ela abrange diversos campos da sociedade e o homossexualismo será o eixo para essa discussão.
A união legal entre casais homossexuais, a adoção e leis que punam de fato os agressores, denominados de homofóbicos, são alguns direitos de luta do movimento GLBT ou ainda, LGBTTTs.

Através de tudo aquilo que tenho visto e lido começo a perceber a inclusão tomando uma dimensão tão grande que gostaria de deixar algumas reflexões sobre a Homossexualidade:

Quem determina o modo certo de viver ou de amar?
Crenças religiosas, baseadas em interpretações humanas, são suficientes para determinar o melhor caminho para a felicidade?
Até quando a intolerância e o preconceito serão a melhor arma contra tudo que for contra crenças particulares?
O diálogo e a convivência para assim criar o respeito não seriam melhores saídas?

“Eles condenam o que não podem entender” Tookie, Filme: Redenção.

“Ao contrario do que se pensa os homossexuais não querem obrigar todos a deixarem de ser heterossexuais ou deixarem de ter crenças, o que queremos é apenas respeito e o direito de amar quem quisermos” Palavras de um amigo pessoal, homossexual, em uma conversa sobre um debate na RedeTV sobre os direitos de casais homossexuais e como a sociedade vem reagindo diante disso.


Gostaria de terminar essa postagem com um curta: Eu não quero voltar sozinho, que traz uma bela história e que prefiro deixar o comentário por conta de vocês!


Fonte: Youtube.com

Ver também: Por outros olhos - Homofobia na Escola (Fonte: Youtube)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Programa A Liga: Deficientes.

O Programa A Liga exibido essa semana na rede Bandeirantes abordou a questão da deficicência. A partir de experências de alguns deficientes, a reportagem mostrou as dificuldades e as conquistas dessas pessoas.
Vale conferir.

Sobre a "Receita de Inclusão"

Ao ler a postagem sobre a "receita de inclusão" fiquei com muita vontade de comentar. De repente percebi que o comentário precisava virar postagem, pra abrir uma nova discussão.

Ao ler a postagem "receita de inclusão", pensei sobre a discussão do livro O que é deficiência, de Débora Diniz, onde a autora discute sobre a diferença do corpo com lesão para a deficiência, e coloca que esta é, em primeiro lugar, a forma como a sociedade reage ao corpo diferente, uma forma pouco sensível ao corpo que necessita de alguma assistência diferenciada.
Apesar do texto tratar especificamente da deficiência, parece estar falando da sociedade como um todo, para qualquer manifestação de autenticidade de pensamento e comportamento.

No caso da deficiência, ela traz consequências diretas na participação social do indivíduo, mas ao ler a "receita de inclusão" penso o quanto a padronização e o adestramento que a escola almeja também produz um número gigantesco de marginalizados, de excluídos.
A própria forma como o Estado pensa a inclusão na Escola acaba por reforçar a exclusão a qual as crianças estão expostas: Falta de preparação dos professores; falta de profissionais especializados para garantir que aconteça de fato uma inclusão social; falta de estrutura física e qualificação dos demais profissionais que atuam na escola.

A proposta de oferecer educação inclusiva nas instituições de ensino "normais" precisa ser pensada para além da presença de crianças deficientes nesses espaços. Precisamos garantir que elas aprendam dentro das suas especificidades. E esta luta não termina na escola.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Receita de Inclusão

Essa será uma discussão que estará sempre presente em nossas aulas e que passaremos a observar e nos indagar a cada dia.
Qual a inclusão que se faz nas escolas? É isso mesmo que é incluir? 

Ingredientes:
- 30 a 40 crianças genéricas (isto é, sem rótulos) da mesma faixa etária, ambos os sexos, com habilidades e competências heterogêneas
- 1 a 2 crianças com rótulos catalogados na CID, CIF ou qualquer outra tabela não periódica.
- 1 pacote de apostilas ou livros didáticos pasteurizados (não use produtos in natura que podem atacar os neurônios dos professores)
- 1 pacote de avaliações que sejam rigorosamente idênticas na forma e no conteúdo
- Giz a gosto

Modo de preparação


Pegue todos os ingredientes e coloque num liquidificador da marca "Saladeaula" e bata em alta velocidade por 200 dias letivos, até formar uma pasta completamente homogênea.
Caso, durante o processamento, a massa forme grumos de personalidade, brilhantismo ou atraso, encaminhe o ingrediente resistente para ser dissolvido por um especialista.
Se, mesmo assim, o ingrediente não se adaptar à massa, descarte-o, culpando os fornecedores (da marca PaieMãe) por sua má qualidade ou recomende que seja levado para um liquidificador especial (os melhores são os importados da marca Segregator).
Ao final do processo coe toda a pasta em peneiras de provas locais, regionais, nacionais, internacionais e aeroespaciais. Se você perceber que algum ingrediente corre o risco de não passar na prova e prejudicar o bônus do cozinheiro, sugira que ele fique doente no dia da prova.
Sirva acompanhado de reportagens laudatórias em revistas educação e inclusão.

Descrição da imagem: ilustração de um cozinheiro enfeitando um bolo com creme


Retirado do blogInclusão : ampla, geral e irrestrita

terça-feira, 12 de abril de 2011

Exercitando o silêncio de maneira diferente

Diante do que já foi mencionado na introdução, seguem relatos narrados pelos autores do blog, a partir de um fragmento da realidade vivenciada na Educação, Inclusão e Acessibilidade a respeito da pessoa portadora de deficiência.


Relato áudio - Edna Santos
Relato áudio - Josenice Lima
Relato áudio - Leila Leite                             
Relato áudio - Patrícia Sousa
Comentário:
O audio faz um relato em relação ao transtorno bipolarXdeficiência.
O transtorno bipolar é uma doença mental caracterizada pela alteração de humor. Pessoas que tem esta doença sofrem descriminação e exclusão por parte da sociedade, em casos mais acentuados de estado de euforia a pessoa não consegue se concentrar e  acaba necessitando de outras pessoas para lhes ajudar a fazer coisas simples, a exemplo, arrumar uma casa.
Nesse sentido é possivel considerá-la como deficiente já que ela não consegue realizar determinada 'atividade' com eficiência?

Relato áudio - Sônia
Comentário - A estrura adequada,niguém discorda,é essencial para criar um escola inclusiva.Da mesma forma,é fundamental definir um bom planejamento."Criatividade e boa vontade dos professores, embora importantes, podem não ser suficientes para que o aluno com deficiência se desenvolva como poderia", diz Tanya bottas, pesquisadora de política de inclusão.È preciso sistematizar os conhecimentos nessaa àrea.Tudo isso, é evidente, pressupõe investimento. http://www.novaescola.org.br/

Uma breve introdução!

Estamos no momento inicial da disciplina onde a compreensão e a reflexão sobre os diversos conceitos ligados a Inclusão e Acessibilidade são o foco principal.
Pode-se dizer que esses termos englobam diversas outras definições, ampliando demais sua significação.
Como situá-las em cada situação do cotidiano? É o nosso próximo passo!



Sejam bem vindos!